domingo, 4 de abril de 2010

Livro "Ser Mãe é Tudo de Bom" tem depoimentos de mulheres famosas

Livro "Ser Mãe é Tudo de Bom" tem depoimentos de mulheres famosas
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Mãe de novo - A deputada federal Rita Camata fala da maternidade após os 40 anos
Ser mãe é tudo bom. É esta idéia que mulheres famosas, de diversas áreas de atuação: apresentadoras, escritoras, jornalistas e médicas, querem passar no livro Ser Mãe é Tudo de Bom - A Maternidade na Visão de Mães Brasileiras Famosas, que a editora Matrix lançou recentemente. Ao todo, 33 mulheres escreveram depoimentos sobre o que significa a maternidade para cada uma delas.



No livro, elas contam como foram o nascimento, a amamentação, o desenvolvimento... até que um dia eles crescem e têm seus próprios filhos. Todos os textos são carregados de alegrias e falam do prazer de ser mãe. Algumas mulheres relatam os apuros por que passam uma mãe de primeira viagem, como a senadora do Ceará Patrícia Sabóia. "Nada foi fácil nos primeiros meses de vida da Lívia. Tudo, para mim, era novidade, era difícil: as cólicas, a amamentação, as noites em claro, as comidinhas, as doenças típicas dessa fase. Muitas vezes, enquanto Lívia chorava de um lado, eu caía aos prantos do outro".



Em outro momento, falam da emoção pura e simples de ser mãe novamente, mesmo quando o bebê é só filho do coração. Aqui um exemplo também de Patrícia. Recentemente, tive mais uma maravilhosa experiência no campo da maternidade ao adotar Maria Beatriz, na época, com 10 meses de idade. Não poderia explicar e traduzir, em poucas linhas, a profusão de emoções que me acompanharam nesse processo".



Há quem fale da diferença entre ser mãe na tenra idade e ser mãe novamente, só que depois dos 40. "Apesar do lapso de 14 anos entre os nascimentos deles, das diferentes fases de minha vida à época da chegada de cada um, vários fatores unem essas situações. O mais importante deles é a sensação de plenitude, e ao mesmo tempo, de grande responsabilidade para com esses seres que me são tão caros, tão especiais", de acordo com a deputada federal Rita Camata.



Parte do dinheiro arrecadado com a venda dos livros será destinado ao Amparo Maternal, entidade paulistana que atende gestantes em situação de risco social, como migrantes, moradoras de rua, usuárias de droga, etc, e que vive em constante dificuldade financeira. Na instituição, nascem mensalmente 1,2 mil bebês, quase 7% de todos os nascimentos da Grande São Paulo. As gestantes nada pagam pelo atendimento que recebem.



A seguir, o Jornal de Jundiaí Regional publica alguns trechos dos depoimentos de algumas dessas mulheres:



A melhor parte da vida

"Quando falo sobre a maternidade, ou se encontro alguma mulher grávida ou o tema é filho, sempre falo que é a melhor parte da vida. E de fato, acho que isso resume quase tudo! Não há nada mais completo, pleno e divino, no sentido literal da palavra. Um amor que não cabe em nós, que está acima de tudo e que inverte a importância das coisas. Ter filho é uma felicidade ímpar e indescritível! Desde a gestação - gerar uma vida (!), produzir uma pessoa dentro de você (!), algo mágico e especialíssimo.



O parto - momento único e maravilhoso. A amamentação - a coisa mais completa que se pode viver, talvez na mesma proporção da riqueza do alimento que produzimos, até... A beleza e a felicidade de ter um bebê lindo (porque ele sempre é lindo, em especial para a mãe)! Depois disso uma criança, com toda a alegria e energia que isso traz para dentro de qualquer casa. E que às vezes fala algo que nos derrete, desmonta e inebria.



Como se você olhasse para aquela criaturinha e pirasse, é como se o mundo todo estivesse ali! O foco muda, a atenção, a prioridade, a organização da vida e todo o resto. Absolutamente cansativo, na mesma medida em que é maravilhoso. Aliás, a natureza é sábia; se não fosse tão lindo e feliz, não agüentaríamos. Se não fosse tanto amor, não haveria humor suficiente para superar os momentos difíceis que quase toda mãe passou e passa. De fato, acho que cada história é uma história. A minha foi linda e ainda sonho que se repita." (Deni Block é assessora de imprensa)



A melhor viagem



A maternidade é uma das experiências mais fantásticas na vida de uma mulher. É uma vivência tão única que ousaria compará-la a uma viagem para um lugar que, à primeira vista, nos parece familiar, mas que, ao ser explorado, nos reserva uma infinidade de sentimentos, emoções e surpresas capazes de nos colocar, a todo momento, diante de um novo desafio.



Sou mãe de quatro filhos: Lívia, de 24 anos, Ciro, de 22, Yuri, de 18, e Maria Beatriz, de 2. Quando minha primogênita nasceu, confesso que tive dificuldades para lidar, com tranqüilidade, com esse novo papel. Talvez isso tenha acontecido porque era muito jovem naquela época. Tinha apenas 21 anos e, diante das novas tarefas que chegam com a maternidade, não raro ficava nervosa, perturbada, confusa e com imensa vontade de chorar. Nada foi fácil nos primeiros meses de vida da Lívia. Muitas vezes, enquanto Lívia chorava de um lado, eu caía aos prantos do outro (...) A vivência da maternidade, porém, tem me ensinado a encarar tais situações com mais calma, paz interior e serenidade - quando possível, evidentemente." (Patrícia Saboya é senadora)



A melhor viagem



Dizem que não criamos os filhos para nós e sim para o mundo. Eu os criei para eles mesmos. Tentando dar a estrutura - física, espiritual, mental e emocional - para que descobrissem o que realmente os satisfaria e realizaria. Para que achassem seu caminho, porque não conheço outra forma de ser feliz. Nem de contribuir efetivamente com o mundo. Em 2007, realizei um velho e acalentado sonho. Fomos juntas conhecer a Espanha, terra de nossos antepassados. Eu, na terra de meus pais, com as filhas, e uma delas grávida. Isto é, elas na terra de seus avós e eu, prestes a me tornar novamente avó, ou o que chamo de mãe sênior. Agora, ambas são mães também. Aliás, grandes mães.
Enfrentamos juntas algumas adversidades, como extravio de bagagem, e as complicações decorrentes disso, e até problemas de saúde, cada uma na sua vez.



Claro que, apesar disso, nos divertimos, mas foi por mérito nosso. O que me encheu de alegria e paz interior. Pude ver que elas estão perfeitamente equipadas para enfrentar os problemas que surgem, com bom humor e autoconfiança. E tive a confirmação de que tenho com elas o que sonhei quando menina e adolescente: uma respeitosa relação de amigas que se amam muito, que são cúmplices de vida.



E, mais importante, elas têm isso entre si. Independentemente do que a vida lhes reserve, elas não estão sós. Uma pode contar com a outra. Com meus filhos aprendi sobre mim, sobre a humanidade e sobre a vida, enquanto aprendia sobre eles e como guiá-los.
Aprendi a me desapegar, aprendi a importância da atitude e, principalmente, aprendi a amar. E meu amor por eles vem me ensinando a ser uma pessoa melhor.



Não paro de aprender, e seria cansativo para mim e para quem me lê, a enorme enumeração desse aprendizado. E de nada adiantaria, porque o aprendizado de cada um é único e intransferível. Assim como são os filhos, únicos e insubstituíveis. Só sendo pai ou mãe para sabê-los." (Alice Ruiz é mãe de Áurea, Estrela e Miguel (falecido)., escritora e compositora).

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